quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fórum I: Sociólogos brasileiros


  • Florestan Fernandes

  • Fernando de Azevedo 

  • Lourenço Filho

  • Anísio Teixeira


Proposta:
Escolher um destes sociólogos, ou outros que possivelmente queiram apresentar, e postar aqui nos comentários sobre sua vida, pelo que lutava, que campo atuava,no geral, aspectos interessantes da sua vida e que o caracterizem como sociólogo!


20 comentários:

  1. Florestan Fernandes

    Sociólogo e político brasileiro nascido na cidade de São Paulo, (SP), considerado o fundador da sociologia crítica no Brasil. Iniciou sua formação primária no Grupo Escolar Maria José, em Bela Vista, São Paulo (1926), fez o Tiro de Guerra (1936) e o Curso Madureza no Ginásio Riachuelo em São João da Boa Vista, São Paulo (1938-1940 e licenciou-se na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras na Universidade de São Paulo-USP (1943), ano em que escreveu seu primeiro artigo para o jornal O Estado de São Paulo, intitulado O Negro na Tradição Oral. Casou-se com Myriam Rodrigues Fernandes, com quem teve seis filhos (1944) e tornou-se assistente do Professor Fernando de Azevedo na cadeira de Sociologia II (1944).

    Obteve o título de Mestre em Ciências Sociais - Antropologia, com uma dissertação sobre a Organização Social dos Tupinambás (1947) e defendeu sua tese de Doutor em Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, também sob orientação do Professor Fernando Azevedo (1951) e ainda sobre o tema dos Tupinambás. Passou a Livre Docente, na Cadeira de Sociologia I, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP (1953) e tornou-se Professor Titular da mesma cadeira, com a tese A Integração do Negro na Sociedade de Classes (1964).

    Defensor da Escola Pública, sempre foi ligado aos movimentos sociais e reivindicatórios e às organizações políticas de esquerda. Preso político no presídio do Exército em São Paulo (1964), ao ser libertado tornou-se Professor Catedrático na USP, efetivado por concurso de Títulos e provas (1965). Novamente preso (1965), foi solto no ano seguinte através de um Habeas Corpus.Afastado de suas atividades na USP através do Ato Institucional nº 5 da Ditadura Militar (1969), ficou asilado no Canadá (1969-1970).

    Professor de Sociologia como Residente Latino Americano na Universidade (1970-1972), voltou ao Brasil (1972) passando a trabalhar como professor de cursos de Extensão Cultural no Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo, foi professor visitante da Universidade de Yale (1977), até ser contratado como Professor da PUC, SP, no final daquele ano (1977), na qual tornou-se Professor Titular (1978). Elegeu-se Deputado Federal Constituinte (1986) pelo Partido dos Trabalhadores (1987-1990), onde destacou-se na defesa da Escola Pública e no projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

    Ainda foi reeleito Deputado Federal (1990), também pelo Partido dos Trabalhadores (1991-1994). Faleceu no dia 10 de agosto, em São Paulo, seis dias após um mal sucedido transplante de fígado. Autor de uma extensa e diversificada obra, entre seus livros citam-se a tradução e a Introdução do livro Contribuição à Crítica da Economia Política de Karl Marx (1946), Organização Social dos Tupinambá (1949), A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952) e Método de Interpretação Funcionalista na Sociologia (1953).

    Florestan Fernandes (1920-1995) nasceu em São Paulo, no dia 22 de julho de 1920 e faleceu em São Paulo, no dia 10 de agosto de 1995, vítima de problemas do fígado depois de um transplante mal sucedido.

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  2. Aluna: Renata de Souza Reis

    Nascido no dia 12 de julho de 1900 na Bahia, Anísio Teixeira foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos.

    As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar a escola, começando por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.

    O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.

    Para o pensador, não se aprendem apenas idéias ou fatos mas também atitudes, ideais e senso crítico – desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades.

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  3. FERNANDO DE AZEVEDO

    Aluna: Janaína M. Lima

    Nasceu em 1894, em São Gonçalo do Sapucaí (MG) e morreu em 1974, em São Paulo. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (hoje integrante da USP).
    Suas ideias educacionais estavam voltadas para às preocupações de ordem ética, moral e política, considerava o papel da educação de suma importância na transformação da realidade brasileira. Foi influenciado pelas ideias de Émile Durkheim, ajudando a colocar a educação como prioridade na agenda nacional, acima dos problemas econômicos .
    Entre seus feitos pode-se citar:
    • Na década de 20, participou do movimento de reforma da educação pública.
    • Foi professor de latim e psicologia no Ginásio do Estado em Belo Horizonte e na Escola Normal de São Paulo
    • Entre 1926-1930, dirigiu o Departamento de Instrução Pública do Rio de Janeiro ( à época Distrito Federal), promovendo uma reforma educacional: extensão do ensino a todas as crianças em idade escolar; articulação de todos os níveis e modalidades de ensino – primário, técnico profissional e normal; e adaptação da escola ao meio-urbano, rural e marítimo.
    • Fundou a Biblioteca Pedagógica Brasileira.
    • Em 1932 foi convidado a redigir e ser o primeiro signatário do Manifesto dos pioneiros da Educação Nova.
    • Promulgou o Código de Educação do Estado de São Paulo (1934)
    • Participou da criação da USP em 1934.
    • Ocupou a Secretaria da Educação e Saúde em 1947, no Estado de São Paulo e a Secretaria de Educação e Cultura no governo do prefeito Prestes Maia, em 1961.


    Afirmava que “ é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa, que são fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade.”

    Obras: Da educação física (1920), Novos caminhos e novos fins (1934), Sociologia educacional (1940) e A cultura brasileira (1943).



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  4. Anísio Teixeira (1900-1971)
    Anísio Spinola Teixeira, nasceu na Bahia, estudou em duas escolas jesuíticas, desejava entrar para Companhia de Jesus, porém, seu pai tinha outros objetivos para o filho, a vida política. Se formou em bacharel em Direito no Rio de Janeiro em 1922, na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (atual Faculdade de Direito da UFRJ). Considerado um dos responsáveis por difundir os movimentos da Escola Nova no país, após a divulgação do Manifesto dos Pioneiros, que divulgava as diretrizes de um programa de reconstrução educacional para o país que tinha também como objetivo defender a universalização da escola pública, laica e gratuita, além da autonomia moral do educando. Idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20. Anísio foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Nesse mesmo ano, perseguido pelo governo de Getúlio Vargas, Anísio Teixeira mudou-se para sua cidade natal, na Bahia, onde viveu até 1945. Em 1946 criou a Escola Parque. Anísio era contra o processo de formação de uma elite, que deixava a maioria da população do Estado na ignorância e analfabeta, ele teve grande preocupação com a formação educacional dos brasileiros. E até suas obras tem enorme importância no âmbito educacional brasileiro, sendo sempre lembrado, como fundador da escola pública e laica, gratuita, para todos.

    “Revolta-me saber que dos cinco milhões que estão na escola, apenas 450.000 conseguem chegar a 4ª. série, todos os demais ficando frustrados mentalmente e incapacitados para se integrarem em uma civilização industrial e alcançarem um padrão de vida de simples decência humana.”
    ―Anísio Teixeira

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  5. Sociólogo: Lourenço Filho
    Nascido em 10 de março de 1897 na cidade de Porto Ferreira (SP), Lourenço Filho, optou pela carreira do magistério abandonando o segundo ano de Medicina. Na sua trajetória enquanto docente desfrutou da prática administrativa e organizacional dirigindo a reforma da instrução pública no Ceará (1922-1923) e em São Paulo (1931-1932). Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro exercendo funções de chefe de gabinete do ministro da Educação Francisco Campos. Durante a gestão de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação do Distrito Federal, dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro.Sua carreira profissional foi precoce. Pode-se lembrar a premonitória experiência de elaborar um jornal próprio, O Pião, cujo chefe, redator e tipógrafo era ele mesmo, menino de 8 anos ainda. Sua vida evidenciará que esse jornal foi mais do que mero capricho de criança: o "brinquedo" o preparou para exercícios profissionais posteriores.
    A vasta obra de Lourenço Filho, entretanto, não pode ser vinculada, de modo simplista, apenas à temática do manifesto escolanovista. Mais do que subescritor do Manifesto, foi um educador que bebia nas fontes do novíssimo, das últimas novidades pedagógicas do cenário internacional. Sua preocupação, de fato, voltava-se também para o fazer pedagógico.
    De acordo com a biografia levantada, este estudioso desenvolveu seus escritos na vivência da administração e organização do ensino em diversas localidades brasileiras, portanto, se tornou um grande conhecedor da principal ferramenta educacional, a escola. Ele a definia como sendo “uma sede com clientela específica de alunos, elementos docentes próprios, e, enfim, atividades prefixadas, segundo o ensino que ministre, seus horários e programas”. Fosse à escola pública ou particular essa estrutura seria a mesma, pois, deveria estar adaptada às peculiaridades do trato educacional.

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  6. Florestan Fernandes - (Nathália Souto)

    Nasceu do dia 22 de junho de 1920. Começou a trabalhar muito cedo - com 6 anos - e portanto, não pode concluir o ensino primário, formando-se mais tarde em uma espécie de supletivo. Em 1941 ingressou em algumas faculdades e graduou-se no curso de ciências sociais. Obteve título de mestre em 1947 ao dissertar sobre "A organização social dos Tupinambás" e no início de década de 50, defendeu sua tese de doutorado, " A função social na guerra na sociedade Tupunambá". Atuou também como assistente catedrático, livre docente e professor titular na carreira de Sociologia I, sendo efetivado na cátedra no ano de 1964, com a tese "A integração do negro na sociedade de classes".

    Sempre defendeu a escola pública, estando sempre ligado a movimentos sociais e organizações políticas esquerdistas - por isso ficou preso por 2 vezes e teve que sair do país em 1969 em meio a Ditadura Militar.
    Lecionou em universidade renomadas, como a PUC-SP, e mais tarde colaborou com o jornal A Folha de São Paulo ganhando um coluna social do mesmo.

    Ação Política: Exerceu 2 mandatos como deputado federal pelo PT, defendendo a escola pública e educação em geral - criando o projeto da Lei de Diretrizes Bases da Educação (LDB). Para ele, todos tinham que ter o direito de estar dentro de um espaço educacional, aprendendo, independentemente de cor, condição financeira, passado ou religião.

    É considerado o criador da sociologia crítica do Brasil. Com seu pensamento analítico e crítico, reinventou a pesquisa sociológica no país. Transformou a maneira de se realizar a investigação sociológica.

    Sua sociologia, além de abrir novos horizontes para a reflexão teórica e a interpretação da realidade social, nos permite estudar criticamente a sociologia antiga e atual, possibilitando uma nova visão em relação ao Brasil (passado + presente).

    Com seu olhar, analisa as diversidades do povo brasileiro (índios, imigrantes, negros, portugueses, entre outros) e todas as lutas e perseguições os dias atuais. Assim, é fácil ver que o foco principal de seus trabalhos eram os problemas sociais, que englobam preconceitos, organizações e relações raciais. Então, utilizava-se muito o conceito de interação social, pois para ele, as pessoas deveriam interagir umas com as outras de forma respeitosa, com direitos e deveres igualitários, sem discriminação ou repressão.

    Com essa linha de pensamento, possui mais de 50 obras, como: "A organização social do Tupinambá"; " A interação do negro na sociedade de classes"; "O negro no mundo dos brancos'; "Mudanças sociais no Brasil"; e "Revolução burguesa no Brasil".

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  7. Cirlene Borges
    Lourenço Filho nasceu Manoel Bergström Lourenço Filho, em 10 de março de 1897, na Vila de Porto Ferreira (SP), filho de pai português e mãe sueca. Cursou duas vezes a escola Normal, fez dois anos de Medicina e formou-se em Direito. Antes mesmo de estar formado já estava empregado e seu futuro profissional prometia grandes realizações.

    Aos 24 anos, foi convidado para ser o diretor da Instrução Pública do Ceará, com a incumbência de reorganizar o ensino do estado. O trabalho, que durou dois anos e meio, rendeu frutos como o livro Juazeiro do Padre Cícero. Nesse momento, começou a tomar conhecimento de métodos novos aplicados às escolas e resolveu conhecê-los mais de perto.
    Com o baiano Anísio Teixeira e o mineiro Fernando Azevedo, Lourenço idealizou a Escola Nova - projeto que defendia a ideia da escola "sob medida", mais preocupada em adaptar-se a cada criança do que em encaixar todas no mesmo molde, e que julgava que o interesse e as atividades dos alunos tinham papel determinante na construção de uma "escola ativa". Defendida principalmente pelo suíço Claparède e sob a influência do filósofo norte-americano John Dewey (1859-1952), a Escola Nova era para Lourenço Filho de grande importância, não só para a aprendizagem dentro dos limites da sala de aula: "As classes deixavam de ser locais onde os alunos estivessem sempre em silêncio, ou sem qualquer comunicação entre si, para se tornarem pequenas sociedades, que imprimissem nos alunos atitudes favoráveis ao trabalho em comunidade".
    Entre 1932 e 1937, o educador esteve à frente do Instituto de Educação do Distrito Federal (Rio de Janeiro) e reformulou a estrutura curricular tornando o curso Normal exclusivamente profissionalizante, criando assim um modelo para as demais unidades da federação. Empenhou-se ainda em orientar a formação de professores para a prática em sala de aula e para o domínio das competências profissionais.

    Uma de suas maiores preocupações era a de que os alunos tivessem oportunidades iguais em todos os lugares do país e para isso era preciso que os métodos fossem unificados e não as pessoas. E foi questionando os moldes da educação na sua própria organização social que ele via a possibilidade de melhoria da educação. Para Lourenço Filho faltava emancipação técnica, além de princípios racionais e científicos. Essas preocupações o fizeram promover modificações nas formas educacionais nos vários cargos públicos que ocupou.

    Algumas das várias teorias em que o educador esteve à frente foram de suma importância para o desenvolvimento dos métodos de ensino e aplicavam a psicologia, sempre, como parte integrante de seus preceitos. Vale destacar: Movimento dos Testes - em que era medida, escala métrica, a inteligência, com provas breves e objetivas na forma de questionários; Psicotécnica - método em que a orientação profissional era direcionada para uma melhor adaptação entre profissão e aptidão; Testes ABC - verificação da maturidade necessária à aprendizagem da leitura à escrita; Organização dos Testes ABC - criação de uma esfera técnico-pedagógica separada da administração.
    Em 1952, foi eleito presidente do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura, e em 1957, se aposentou, apesar de continuar atuando em várias comissões educacionais e publicando livros que até hoje servem como referência para quem pretende conhecer a evolução pedagógica brasileira. Para o professor Lourenço Filho a educação deveria ser um conjunto de técnicas relativamente desligadas de ideologia e de influência de regras históricas. Educação era amor ao ser e ao seu país.

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  8. Aluna: Fernanda Fernandes de Avila

    Florestan Fernandes

    Nasceu em São Paulo, no dia 22 de julho de 1920. Como começou a trabalhar ainda na sua infância, aos seis anos de idade, não concluiu o curso primário, formando-se mais tarde no Curso de Madureza - um "supletivo". Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, graduando-se mais tarde em Ciências Sociais. A Sociologia de Florestan, além de abrir novos horizontes para a reflexão teórica e a interpretação da realidade social, nos permite estudar criticamente a sociologia antiga e atual, possibilitando, desta forma, uma nova visão em relação ao Brasil (relacionando o passado com o presente). Após a observação e compreensão desse novo olhar, percebe-se a divergência do poso brasileiro e todas as lutas e perseguições até os dias de hoje. O foco principal de Florestan eram os problemas sociais (preconceitos, organizações sociais e relações sociais). Ele achava que as pessoas deveriam interagir umas com as outras de uma forma respeitosa e com direitos e deveres iguais, sem discriminação ou repressão (Interação Social). Algumas de suas obras mais importantes, por exemplo, são: "A Organização Social dos Tupinambá", "A Interação do Negro na Sociedade de Classes", O Negro no Mundo dos Brancos", " Mudanças Sociais no Brasil" e "Revolução Burguesa no Brasil". Também atuou como assistente catedrático, livre docente e professor. Defende a escola pública e a educação em geral, onde todos tinham o direito de acesso a instituições escolares.

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  9. Aluna: Juliana Moledo

    Sociólogo: Florestan Fernandes

    Florestan foi um homem nascido em São Paulo em 1920 que foi um grande defensor da educação pública. Começou a trabalhar quando criança e dizia que foi lá que deu início a sua aprendizagem sociológica. Trabalhou em Universidades exteriores ao Brasil por causa da sua cassação no Regime Militar aqui no Brasil. Escreveu muito sobre o tema da educação e sua atuação na Câmara dos Deputador foi relacionada à educação. Para ele, a transformação vinha essencialmente da educação e da ciência trazendo desenvolvimento social e da cultura dos menos favorecidos economicamente. Florestan foi um homem comprometido a fazer uma mudança social no Brasil, mesmo com a classe burguesa sendo tão resistente a estas mudanças por consequência de fatores históricos. Foi muito ativo na aprovação da primeira LDB. Uma das suas obras muito conhecidas são ''Mudanças Sociais no Brasil'', ''Revolução Burguesa no Brasil'', ''O Negro no Mundo dos Brancos'', entre outros.

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  10. Florestan Fernandes (1920-1995), no campo da Sociologia, sua obra foi de fundamental importância. Desenvolveu uma Sociologia crítica concentrada em pesquisas e interpretações das condições sociais do Brasil, que apresentava acentuadas desigualdades sociais, políticas, econômicas e culturais, e possibilidade de transformação ( “A ciência não apenas para pensar o mundo, mas também para transformar o mundo”). A interação social, segundo ele, constitui o fenômeno básico de investigação social: “O homem se constitui como ser social no mesmo processo por meio do qual se constitui a sociabilidade”. O existir socialmente significa compartilhar condições e situações, de um modo ou de outro, desenvolver atividades, reações, práticas, etc.
    A Sociologia de Florestan é marcada por três matrizes clássicas: funcionalista de Durkheim (como as estruturas sociais funcionam); compreensista de Weber (compreensão das estruturas) e dialética crítica de Marx (que é seu ponto de partida).
    Florestan também foi defensor da escola pública e da democratização da escolarização e ressalta a importância das Ciências Sociais no espaço escolar para a formação de conhecimento em uma perspectiva crítica: “A escola de qualidade não era redentora da humanidade, mas um instrumento fundamental para a emancipação dos trabalhadores”.

    UFF - Faculdade de Educação
    Letícia dos Santos Carvalho
    Pedagogia - 2º Período - 2014.2

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  11. Sílvio Romero

    Sílvio Romero nasceu em Lagarto, no Sergipe, em 21 de abril de 1851. Cursou a Faculdade de Direito do Recife entre 1868 e 1873, diplomado em 1873, contemporâneo de Tobias Barreto.1 Nos anos 1870 colaborou como crítico literário em vários periódicos pernambucanos e cariocas.

    Em 1875 foi eleito deputado provincial por Estância, Sergipe. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde obteve notoriedade, especialmente como crítico literário. Em 1878 publicou seus dois primeiros livros, A Filosofia no Brasil e Cantos do Fim do Século, o seu primeiro livro de poesia. O primeiro deles tinha a intenção de questionar o meio acadêmico e intelectual do Rio de Janeiro, assim como de exaltar as qualidades de Tobias Barreto, seu mestre e conterrâneo. Nessa obra critica com veemência as correntes de filosofia no país, em especial o espiritualismo e o positivismo.
    No Rio de Janeiro, lecionou filosofia no Colégio Pedro II entre 1881 e 1910. Estava entre os intelectuais que fundaram a Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1897. Um ativo polemista, contribuiu de modo significativo para que a Escola do Recife - denominação que lhe deve ser atribuída - viesse a ser conhecida em todo o País.
    Sílvio reivindicava para o Brasil o “pensamento autonômico”, e optaria pelo “evolucionismo spenceriano, no qual os fatores biológicos dariam um suporte maior à sua crítica sociológica”.
    A obra de Sílvio, desde os primeiros ensaios publicados em periódicos do Recife, na década de 1870, situa-se sob o signo do embate e da polêmica4 , e estende-se desde a poesia, crítica, teoria e história literária, folclore, etnografia, até estudos políticos e sociológicos.
    Com relação à poesia, teve breve carreira, e vincula-se à terceira geração do Romantismo, influenciada pela obra de Victor Hugo. Terminou a carreira poética com “Últimos harpejos: poesia”, em 1883.

    UFF - Pedagogia
    Aurea Raquel F.M. dos Santos
    2º período - manhã

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  12. Aluna: Luiza L. Martins
    Florestan Fernandes

    Florestan Fernandes desenvolve interesse pelos estudos desde criança devido à diversidade dos lugares que passou durante a infância. Filho de mãe solteira, viveu entre os cortiços e a grande casa de sua madrinha. Já trabalhou como engraxate e até numa barbearia.
    Posteriormente, retorna aos estudos e faz faculdade de filosofia, letras e ciências sociais e inicia na docência em 1945 como assistente do professor Fernando Azevedo, na cadeira de sociologia II.
    Para a sociologia brasileira, encontra-se em suas obras a perspectiva crítica questionando o real e o pensado. A pesquisa e interpretação das condições e possibilidades de transformação social, bem como questões relativas aos problemas na educação popular e a responsabilidade do cientista social, entram, também, na sua interpretação sociológica.


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  13. Aluna: Luiza L. Martins
    Florestan Fernandes

    Florestan Fernandes desenvolve interesse pelos estudos desde criança devido à diversidade dos lugares que passou durante a infância. Filho de mãe solteira, viveu entre os cortiços e a "grande casa" de sua madrinha. Já chegou a trabalhar numa barbearia e até como engraxate.
    Posteriormente retorna aos estudos e faz faculdade de filosofia, letras e ciências sociais e inicia na docência em 1945 como assistente do professor Fernando Azevedo, na cadeira de sociologia II.
    Para a sociologia brasileira, encontra-se em suas obras a perspectiva crítica questionando o real e o pensado. A pesquisa e interpretação das condições e possibilidades de transformação social, bem como questões relativas aos problemas na educação popular e a responsabilidade do cientista social, entram, também, na sua interpretação sociológica.

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  14. Florestan Fernandes, em seu trabalho, resgatou aspectos culturais forjando-a na perspectiva criativa. Fernandes tinha o dever de abrasileirar a sociologia, compreendendo que o Brasil é formado por uma pluralidade social que está nas origens do povo. Se baseava nas 3 matrizes clássicas da Sociologia: a funcionalista, a compreensiva e a crítica;
    Em sua vida, defendeu a educação pública no Brasil. Ele entendia a democracia como a liberdade de educar e direito irrestrito de estudar. Ele também se preocupou com a prática em sala de aula, com ênfase em três pontos: a concepção do professor como mero transmissor do saber, que para ele fragilizava o profissional da educação; a ideia de que o aluno é apenas receptor de conhecimento, quando o aprendizado deveria ser construído conjuntamente na escola; e o ensino discriminatório, que trata o aluno pobre como cidadão de segunda classe.

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  15. Lourenço Filho, nascido no ano de 1897 ,na cidade de Porto Ferreira – São Paulo ele abandonou a medicina para viver o magistério, no qual como professor esteve inserido do projeto de reforma instrução pública no Ceará e em São Paulo .
    Em sua permanência no Rio de Janeiro ,Lourenço Filho ,foi chefe de Gabinete do ministro da educação Francisco Campos e durante a gestão de Anisio Teixeira na Secretaria de Educação do distrito Federal ,pode dirigir o Instituto de educação do Rio de Janeiro.
    Em seu currículo, está o cargo de diretor da Escola de Professores do Distrito Federal e do INEP ( era denominado como Instituto nacional de Pedagogia ),aí desenvolveu obras de orientação para aplicação no ensino da escrita e da didática de sala de aula ,como cartilhas .Foi um dos pioneiros no estudo e publicação no contexto da Escola Nova ,como no livro Introdução ao estudo da Escola Nova. Além da docência pedagógica, Lourenço Filho lecionou disciplinas ligadas a Psicologia e a Pedagogia .
    Ele ,desenvolveu suas obras ,a partir da vivencia da administração e organização do ensino em vários locais do país ,assim, conhecia a escola. Definição de escola :
    ‘’uma sede com clientela específica de alunos, elementos docentes próprios, e, enfim, atividades prefixadas, segundo o ensino que ministre, seus horários e programas ‘’(LOURENÇO FILHO, 2007, p. 25).

    UFF- faculdade de Educação
    Ana Caroline Rodrigues Sousa
    Pedagogia - 2º Período - 2014.2

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  16. Anísio Spínola Teixeira
    Nasceu em 12 de julho de 1900, na Bahia. Estudou em colégios jesuítas, e por influência do pai, que o almeja na carreira politica, cursou direito no Rio de Janeiro. Foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Perseguido pela ditadura Vargas, demitiu-se do cargo e retornou à Bahia, onde assumiu a pasta da Educação em 1947. Sua atuação à frente do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos a partir de 1952, valorizando a pesquisa educacional no país. Com a instauração do governo militar em 1964, deixou o instituto – que hoje leva seu nome – e foi lecionar em universidades americanas, de onde voltou em 1965 para continuar atuando como membro do Conselho Federal de Educação. Morreu no Rio de Janeiro em março de 1971.
    É considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se preocupava em defender apenas suas ideias. Muitas delas eram inspiradas na filosofia de Dewey ,seu professor na graduação nos Estados Unidos.
    Considerava a educação uma constante reconstrução da experiência. Anísio foi além do papel de gestor das reformas educacionais , atuou também como filósofo da educação. A marca do pensador Anísio era uma atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo, mas que se busca continuamente .
    Frisava a importância da escola pública, pois para ele, ela era uma máquina que prepara a democracia, um mecanismo necessário; quanto ao professor, é necessário que este esteja sempre em constante recapacitação, uma busca incessante pelo saber

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  17. Florestan Fernandes:
    A obra de Florestan, no Brasil, se torna de extrema importância, não só porque ele observa o país como sociólogo, mas também como educador, que muito batalhou pela sociologia da educação. Ele reforça a ideia de que o professor deveria ser um formador, para além daquele que apenas transmite conteúdos e incentivava, também, o professo pesquisador. Grande defensor da escola pública, teve sua trajetória voltada para o ato de pensar a educação.

    * " Para Florestan, a educação deveria ser, para os alunos, uma experiência transformadora, que desenvolvesse a criatividade dando condições de se libertar da opressão social".

    Florestan também critica a prática em sala de aula, com ênfase em 3 pontos: a concepção do professor como mero transmissor de saber (que, para ele, fragilizava o profissional da educação); o ideal de que o aluno é somente o receptor do conhecimento (quando o aprendizado deveria ser construído na escola); e o ensino descriminatório ( que trata o aluno como "pobre cidadão de segunda classe")

    " Para Florestan, a educação transformada se faz com uma escola capaz de se desfazer, por si mesma, do autoritarismo, da hierarquização e das práticas de servidão".

    Thays Souza
    Segundo período- manhã

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  18. Florestan Fernandes inaugura uma nova época na história da sociologia brasileira. A interpretação do Brasil por Florestan revela a formação, os desenvolvimentos, as lutas e as perspectivas do povo brasileiro. Uma história baseada no escambo e escravidão, no colonialismo e imperialismo, na urbanização e industrialização, por meio da qual se dá, inicialmente, a formação da sociedade de castas e posteriormente, da sociedade de classes. Uma parte importante da sociologia de Florestan concentra-se na pesquisa e interpretação das condições e possibilidades das transformações sociais.
    Florestan é o fundador da sociologia crítica no Brasil. Se empenhava em interrogar a dinâmica da realidade social, desvendar as tendências desta e ao mesmo tempo, discutir as interpretações prevalecentes.
    Todo fato social caracteriza-se por ser um nexo de relações sociais.
    Em sua teoria sociológica encontra-se correntes de pensamento de Durkheim, Weber, Marx, Comte, etc.
    Florestan contribuíra para a teoria sociológica retirando e desenvolvendo o conteúdo crítico da sociologia clássica e moderna.
    É na perspectiva crítica que se localiza as três matrizes clássicas do pensamento sociológico: método funcionalista, o compreensivo e o dialético.
    A sociologia de Florestan sintetiza as contribuições de cinco fontes.
    - Sociologia clássica e moderna;
    - O pensamento marxcista;
    - A corrente mais crítica do pensamento brasileiro;
    - Significado dos desafios da época;
    - A presença dos grupos e classes sociais que compreendem a maioria do povo.


    Jully Borges Pintas Loyola

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  19. Aluna: Gabriella Felix

    Florestan Fernandes
    Era paulista e nasceu em 1920, se tornou um ícone da Educação Brasileira e foi de suma importância para a sociologia do país.
    Florestan revolucionou o pensamento sociológico do Brasil, desenvolvendo uma sociologia crítica, baseada em pesquisas e interpretações das desigualdades brasileiras. Essa sua sociologia expandiu horizontes para uma reflexão teórica e mostrou que a melhor forma de se estuda-la seria criticando-a, tanto a sociologia antiga como a atual, podendo só assim ter uma visão em relação ao Brasil, sempre relacionando o passado com o presente.
    Ele olhava para os problemas sociais como um professor que lutou para que a disciplina alcançasse seu espaço social. Enfatizava também a ideia de que o professor deve ser um educador, formador, justamente para incentivar o professor a pesquisar mais e não só transmitir conhecimento. Uma de suas principais defesas era a escola pública.

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  20. Anísio Teixeira (1990-1971) foi um educador brasileiro, responsável pelas reformas educacionais que mudaram a educação no Brasil.

    Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caitité, no sertão baiano. Estudou em colégios jesuítas em Salvador. Formou-se em direito no Rio de Janeiro, em 1922. Na Bahia, ocupou o cargo de diretor geral da instituição pública de 1924 e 1929.

    Anísio Teixeira reformou o sistema escolar baiano. Em 1928, publicou “Aspectos Americanos da Educação”, concluindo no ano seguinte a formação em educação o Teacher’s College da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Regressou ao Brasil em 1929 e assumiu a cadeira de filosofia e história da educação da Escola Normal de Salvador.

    Anísio Teixeira foi funcionário do Ministério a Educação do Distrito Federal. Em 1932, foi signatário dos Pioneiros da Escola Nova, que propunha uma escola leiga, obrigatória e gratuita. Foi responsável pelo aumento do número de escolas no Brasil e programas de aperfeiçoamento dos programas de treinamento para professores. Também aprimorou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

    Anísio Teixeira escreveu os livros “A Universidade e a Liberdade Humana” (1954) e Educação no Mundo Moderno (1969).

    Morreu no Rio de Janeiro, em 1971.


    Bruno Pereira
    2º Período - Manhã

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