quarta-feira, 16 de abril de 2014

III Fórum - Max Weber


Revisando nosso estudo sobre Weber...

Iniciamos o estudo sobre Weber e sua Sociologia com o vídeo da Univesptv: www.youtube.com/watch?v=ea-sXQ5rwZ4 com a participação de Gabriel Cohn e Flávio Pierucci e onde eles falam sobre o foco que a sociologia weberiana dá à ação dos indivíduos e à relação desta com os outros indivíduos, e do diálogo que existe entre este autor, Marx e Durkheim.

Com o auxílio dos textos Max Weber - 1864- 1920 Entender o Homem e desvelar o sentido da ação social de Rita Amélia Teixeira Vilela, do livro Sociologia para Educadores, e O "espírito" do capitalismo de Max Weber, do livro A ética protestante e o "espírito" do capitalismo, realizamos duas dinâmicas:

A primeira foi individual e consistia em responder a uma questão que tratava do tema central da obra de Weber:  Como o espírito do capitalismo é desenvolvido no texto de Weber? De que forma ele se constitui em um tipo ideal?

A segunda dinâmica foi em grupo e consistia na análise de reportagens e identificação dos principais conceitos de Weber ( sociedade/religião/capitalismo, ação social, tipo ideal, dominação, conduta científica), tomando os seguintes apontamentos como direção:

*Por que o capitalismo nos leva a racionalizar situações?
*Como a burocracia (previsão de ações) se dá nas situações que vivemos?
*Qual a dinâmica gerada por agentes que perseguem interesses,têm objetivos e aplicam significados na relação com outros agentes?
*Como os agentes condezem sua própria existência?
*O poder é relação ou atributo?
*Os dominados aceitam os influxos externos como uma coerção ou tem a capacidade também de influir?
*A crença na validade de um modo de vida pode anular as iniciativas?
*Vale a pena adotar a legitimação? E se eu não adotar?
*Que tipo de conflitos são gerados em uma sala de aula? As comunicações  dos alunos são respeitadas? Que tipo de dominação se impõe?

PROPOSTA:

A proposta deste fórum segue a linha do último. Saber sobre a bibliografia de Max Weber, o que de sua vida e formação nós conseguimos descobrir??

 Boa pesquisa!

10 comentários:

  1. Nome Completo:
    Maximilian Carl Emil Weber

    Quem foi:
    Max Weber foi um importante sociólogo, jurista, historiador e economista alemão. Weber é considerado um dos fundadores do estudo sociológico moderno. Seus estudos mais importantes estão nas áreas da sociologia da religião, sociologia política, administração pública (governo) e economia.

    Nascimento:
    Max Weber nasceu na cidade de Erfurt (Alemanha) em 21 de abril de 1864..

    Morte:
    Max Weber morreu na cidade de Munique (Alemanha) em 14 de junho de 1920.

    Principais realizações:
    - Estudos nos campos da economia, sociologia política, religião e administração pública.
    - Prestou consultoria aos negociadores da Alemanha no Tratado de Versalhes.
    - Prestou consultoria à comissão que redigiu a Constituição de Weimar.

    Principais obras:
    - A Ética Protestante e o espírito do capitalismo (1903)
    - Estudos sobre a Sociologia e a Religião (1921)
    - Estudos de Metodologia (1922)
    - Política como vocação

    Frases:
    - "Regra é, antes de tudo gestão da vida cotidiana."
    - "Não se teria jamais atingido o possível, se não se houvesse tentado o impossível."

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  2. Weber foi professor em Berlim (1893), Friburgo (1894-1897), Heidelberg (1897-1903), Viena (1918) e Munique (1919-1920). Foi um dos fundadores da Federação Pan-Germanista (1891), adquirindo notoriedade em 1895 com o seu discurso de posse na Universidade de Friburgo, no qual se declarou a favor do imperialismo. Em 1896, afastou-se da Associação e fundou, juntamente com Friedrich Naumann, a União Social Liberal. Em 1918, foi um dos fundadores do Partido Democrático Alemão (DDP), exercendo notável influência na redação da Constituição de Weimar.
    Escreveu A Ética protestante e o espírito do Capitalismo (1904-1905), onde discorre sobre a influência das religiões na economia capitalista e a relação da doutrina da predestinação e da comprovação com a mesma — Deus determinou o destino dos homens desde a criação e a idéia de que certos sinais da vida cotidiana, como a prosperidade, podem indicar quais são os eleitos por Deus e quais os danados. O protestantismo e, especialmente, o calvinismo haviam estabelecido as bases do sucesso econômico, da racionalização da sociedade ocidental e, por último, do desenvolvimento do capitalismo. Essa racionalização, entendida como uma visão de mundo que propõe a santificação de cada ato particular do cotidiano, abre um campo para o enaltecimento do trabalho, visto como a marca da santificação. É essa característica que permite a articulação entre a ética protestante e o espírito do capitalismo.


    fonte: http://aups.webnode.com.br/news/max-weber/

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  3. O pensamento de Weber é um verdadeiro contraste ao positivismo, isso por questão de contesto como vimos na introdução. Weber desenvolveu seu pensamento em cima do método de “compreensão”. Ele procurou compreender o individuo, pois para Weber é o individuo que dá sentido a ação social. Veremos três aspectos do seu pensamento.

    a. A ação social: uma ação com sentido.

    No pensamento weberiano o homem passou a ter significado e especificidade. É ele que dá sentido a sua ação social, ele é responsável por estabelecer a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.

    Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Weber pensa diferente, não existe oposição entre individuo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada individuo sob a forma de motivação, ou seja, o motivo orienta a ação do individuo. O motivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é social na medida em que cada individuo age levando em conta a resposta ou a reação de outro indivíduos. Por exemplo, o simples ato de enviar uma carta se decompõe em uma serie de ações sociais com sentido; escrever, selar, enviar e receber, que terminam por realizar um objetivo. Por outro lado, muitos agentes estão relacionados a essa ação social, como por exemplo, o atendente, o carteiro e etc. Essa interdependência entre os sentidos das diversas ações, mesmo que orientadas por motivos diversos, é que dá a esse conjunto de ações seu caráter social. Professora Themis observa: “Só existe ação social quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais”

    A parti de sua definição Weber estabelece quatro tipos de ações de acordo com o modo em que os indivíduos se orientam:
    1.Ação social racional com relação á fins: A ação é estritamente racional. Tornando-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há à escolha dos melhores meios para se realizar um fim.
    2.Ação racional com relação a valores: Não é o fim que orienta a ação, mas o valor seja este ético, religioso, politico ou estético.
    3.Ação social efetiva: A conduta é motivada por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc...
    4.Ação social tradicional: Tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados.

    Deve-se esclarecer que a ação social weberiana não é o mesmo que relação social. Pois para que se estabeleça uma relação social, é preciso que o sentido seja compartilhado. Por exemplo, um sujeito que pede uma informação a outro estabelece uma ação social: ele tem um motivo e age em relação a outro individuo, mas, tal motivo não é compartilhado. Numa sala de aula, onde o objetivo da ação dos vários sujeitos é compartilhada, existe uma relação social.

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  4. Sociologia Econômica- Durante a maior parte de sua vida acadêmica, Max Weber foi docente de disciplinas da área econômica. Aliás, seu último livro, um conjunto de notas de aula publicados por seus alunos, chama-se justamente História Geral da Economia. Desta forma, não é surpresa que Weber elabore uma sofisticada abordagem sociológica da vida econômica. Por esta razão, há até teóricos7 que defendem que, em última instância, toda obra de Weber não passa de uma teoria econômica, qual seja, uma visão sócio-histórica da vida aquisitiva.

    Na sua primeira fase, seguindo a tradição marxista, Weber tendia a ver o capitalismo como um fenômeno específicamente moderno. Já em sua " Ética Protestante" (de 1904), apesar de colocar em relevo os fatores culturais da gênese da conduta capitalista, era esta visão que predominava. Mas, nas décadas seguintes, ele romperá com estas noções. Em primeiro lugar, ele insere o capitalismo (na sua fase "moderna") em um amplo processo de racionalização da cultura e da sociedade. Ou seja, enquanto fênômeno social, o capitalismo é uma das expressões da vida racionalizada da modernidade Ocidental e é similar, em sua forma racional, ao campo da política, do direito, da ciência, etc. Outra mudança importante é que Weber rompe com a definição marxista de que o capitalismo é um fenômeno exclusivo da era moderna: daí a expressão capitalismo "moderno". Para Weber, o capitalismo é um fenômeno que atravessa a história, pois a busca do lucro já pode ser localizada nas sociedades primitivas e antigas, nas grandes civilizações e mesmo nas sociedade não-ocidentais. O núcleo estruturante da atividade capitalista é a ''empresa'', pois a separação da esfera individual da esfera impessoal da produção permite a racionalização da organização do trabalho e mesmo das atividades de gestão destas organizãções.

    Com base nestas premissas, Weber construiu diferentes tipos ideais de capitalismo, como a capitalismo aventureiro, o capitalismo de Estado, o capitalismo mercantil, capitalismo comercial, etc.

    As principais análises de Weber sobre o campo econômico podem ser encontradas no segundo capítulo de Economia e Sociedade, tópico em que ele discute a ordem social econômica. Ali ele destaca que o processo de racionalização da atividade econômica também envolve a passagem de uma racionalidade material - na qual a vida econômica está submetida a valores de ordem ética ou política - para uma racionalidade formal, ou seja, na qual a lógica impessoal das atividades econômicase e lucrativas se torna predominante.

    Por estas razões, Max Weber é considerado, atualmente, um dos precursores da sociologia econômica, conjunto de autores que se recusa a entender a vida econômica como relacionada apenas com o mercado, concebido de forma abstrata, separado de suas condições históricas, culturais e sociais.

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  5. Max Weber viveu no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família de classe média alta, com o pai advogado, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Ainda era criança quando se mudaram para Berlim. Em 1882 foi para a Faculdade de Direito de Heidelberg. Um ano depois transferiu-se para Estrasburgo, onde prestou o serviço militar.
    Em 1884 reiniciou os estudos universitários, em Göttingen e Berlim, dedicando-se as áreas de economia, história, filosofia e direito. Trabalhou na Universidade de Berlim como livre-docente, ao mesmo tempo em que era assessor do governo. Cinco anos depois, escreveu sua tese de doutoramento sobre a história das companhias de comércio durante a Idade Média. A seguir escreveu a tese "A História das Instituições Agrárias". Casou-se, em 1893, com Marianne Schnitger e, no ano seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, transferindo-se, em 1896, para a de Heidelberg.
    Depois disso, passou por um período de perturbações nervosas que o levaram a deixar o trabalho. Só voltou à atividade em 1903, participando da direção de uma das mais destacadas publicações de ciências sociais da Alemanha. No ano seguinte publicou ensaios sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", que se tornaria sua obra mais conhecida e é de fato fundamental para a reflexão sociológica.
    Em 1906 redigiu dois ensaios sobre a Rússia: "A Situação da Democracia Burguesa na Rússia" e "A Transição da Rússia para o Constitucionalismo de Fachada". No início da Primeira Guerra Mundial, Weber, no posto de capitão, foi encarregado de administrar nove hospitais em Heidelberg.
    Quando a guerra terminou, mudou-se para Viena, onde deu o curso "Uma Crítica Positiva da Concepção Materialista da História". Em 1919 pronunciou conferências em Munique, publicadas sob o título de "História Econômica Geral". No ano seguinte faleceu em consequência de uma pneumonia aguda.

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  6. Segundo Max Weber, a sociedade existe concretamente mas não é algo externo e acima das pessoas, e sim o conjunto das ações dos indivíduos relacionado-se reciprocamente. Assim, Weber, partindo do indivíduo e de suas motivações, pretende compreender a sociedade como um todo.
    O conceito básico parra Weber é o de ação social, entendida como o ato de se comunicar, de se relacionar, tendo alguma orientação quanto ás ações dos outros, que pode significar tanto um individuo apenas como vários, indeterminados e até desconhecidos. Weber declara que a ação social não é idêntica s uma ação homogênea de muitos indivíduos. A ação de cada indivíduo não está orientada pela dos demais, mas sim pela necessidade de proteger-se.
    Weber também diz que a ação social não é idêntica a uma ação influenciada, que ocorre muito frequentemente nos chamados fenômenos de massa.
    Quando há uma grande aglomeração, quando se reúnem muitos indivíduos por alguma razão,, estes agem influenciados por comportamentos grupais, isto é fazem determinadas coisas porque todos estão fazendo.
    Max Weber, ao analisar o modo como os indivíduos agem e levando em conta a maneira como eles orientam as suas ações, agrupou as ações individuais em quatro tipos, a saber: ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a valores e ação racional com relação a fins.

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  7. Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um conhecido advogado e desde cedo orientou-o no sentido das humanidades. Weber recebeu excelente educação secundária em línguas, história e literatura clássica. Em 1882, começou os estudos superiores em Heidelberg; continuando-os em Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicou-se simultaneamente à economia, à história, à filosofia e ao direito. Concluído o curso, trabalhou na Universidade de Berlim, na qual idade de livre-docente, ao mesmo tempo em que servia como assessor do governo. Em 1893, casou-se e; no ano seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, da qual se transferiu para a de Heidelberg, em 1896. Dois anos depois, sofreu sérias perturbações nervosas que o levaram a deixar os trabalhos docentes, só voltando à atividade em 1903, na qualidade de co-editor do Arquivo de Ciências Sociais (Archiv tür Sozialwissenschatt), publicação extremamente importante no desenvolvimento dos estudos sociológicas na Alemanha. A partir dessa época, Weber somente deu aulas particulares, salvo em algumas ocasiões, em que proferiu conferências nas universidades de Viena e Munique, nos anos que precederam sua morte, em 1920.

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  8. "Os anos anteriores à depressão nervosa de Max Weber, em 1897, são marcados pelo esforço científico e político, concomitante à estabilidade de sua situação profissional e familiar. A nomeação para a Universidade torna-o, definitivamente, independente da casa paterna. Em princípio, essa independência financeira deveria resolver o problema do qual se queixara durante a década de 1880 nas cartas enviadas à prima Emmy Baumgarten: a necessidade de aceitar uma sobrecarga de trabalho em áreas profissionais diversas a fim de chegar à independência material o mais rápido possível. Um alto senso do dever parece determinar sua vida. O que Max Weber vai analisar com assombro em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo é também a desfiguração de sua própria pessoa por essa ética, ou seja, ser conduzido pelo senso do dever, oposto à tendência natural à preguiça e ao ócio." (POLLAK, MIchael - Max Weber: elementos para uma biografia sociointelectual [parte II] - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93131996000200004&script=sci_arttext)

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  9. Max Weber, expressa seu pensamento sociológico a partir das relações do
    indivíduo com o meio social, destacando que para ele a sociedade não se constitui
    em apenas “coisa”, ou um mecanismo, mas que fundamenta-se na concepção de
    “ação social”, e ainda, na crença de que a sociologia é uma “ciência compreensiva”.
    Ele aponta que a Educação é o elemento essencial na formação intelectual e dos
    indivíduos, com destaque para os aspectos religiososos, familiares, e a Educação
    política especializada.

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  10. Outro ponto importante no pensamento de Max Weber é a educação. Ele descreve uma educação racional, onde os indivíduos são preparados para exercer as funções dentro da sociedade. Para Weber, a educação é um instrumento para estratificação social, ela forma o indivíduo. Uma educação para a qual esse indivíduo vai seguir suas ações. Weber vê a educação como uma ação social.
    Weber aponta três caminhos para a educação: despertar o carisma é o caminho direcionado àqueles indivíduos que são considerados únicos na sociedade, poderão se tornar líderes através do desenvolvimento do pensamento. A pedagogia do cultivo forma culturalmente o indivíduo para que possa exercer sua função dentro da estrutura em que ele está inserido. E a pedagogia do treinamento prepara um especialista para cumprir determinada função dentro da estrutura hierarquizada e burocrática da sociedade capitalista.
    A nossa educação é voltada para os três caminhos. Deve haver a união desses termos. A formação deve ser completa dentro dessas três perspectivas, havendo inter –relação desses três caminhos para a educação.
    Weber possuía um conceito amplo de educação, o que engloba a educação religiosa, familiar, carismática, filosófica, política e especializada. Ele reconheceu que a escola poderia transformar conhecimento em poder. Segundo Weber a sociedade é o fruto das ações racionais dos indivíduos, isso faz com que o indivíduo seja um ser autônomo, livre para escolher. Esta é uma contribuição para implementação de uma escola ideal. O papel do educador e da escola é ajudar o aluno na sua capacidade de reflexão como ser humano. Possibilitando assim, a criação de mecanismos de mudança dentro da sociedade.

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